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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Alunos aprendem a cuidar dos animais com iniciativa diferente



A turma do 4º ano E da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Senador Teotônio Vilela visitou o Zoológico de São Paulo na manhã desta terça-feira, 13. Os 32 alunos da escola que integra o CEU Paz, localizado na Brasilândia, zona Norte da cidade, estavam ansiosos para visitar os animais e conhecer tudo sobre o espaço que abriga mais de 440 espécies diferentes. Para eles, mais que uma visita, a atividade fez parte da conclusão de um trabalho importante, resultando, claro, em muita animação e curiosidade.

No dia 13 de maio, pouco depois de a professora Márcia Cristina Araújo assumir a classe, um fato inesperado trouxe um novo rumo para as atividades dessa turminha. Quando ia para a escola, Márcia encontrou, no terminal de ônibus Vila Nova Cachoeirinha, um filhote de gato. E não pensou duas vezes. A professora decidiu que o animal não ficaria mais abandonado, seria cuidado por ela e por seus alunos, até ser adotado. Durante toda a tarde, os alunos do 4º E se revezaram para cuidar do animal, dando água, comida e observando se ele estava bem. “As crianças ficaram encantadas e nem queriam descer para o recreio”, conta. Foi aí que Márcia percebeu que esta poderia ser uma boa maneira de começar a trabalhar valores, afetividade e responsabilidade.

Encontrar Lobinho – como o filhote foi batizado pelos alunos – foi o primeiro passo. Em seguida, percebendo interesse das crianças por ele e como isso despertava a criatividade e vontade de escrever nas crianças, ela substituiu o gatinho de verdade por um de pelúcia. O mascote então começou a passear pela casa dos alunos. “Ele fica de casa em casa, cada dia um de nós leva ele para casa e depois a gente escreve contando como foi o dia com o nosso Lobinho”, explica Ana Paula da Silva, 10 anos: E acrescenta: “Uma vez, quando ele estava comigo, fomos ao parque e lá ele fugiu. Procurei muito e fui encontrá-lo no Carrossel”. Essas e outras centenas de histórias criadas pela turma nos últimos meses deram origem ao livro As Aventuras de Lobinho, que fica na sala de aula e é lido pelos alunos sempre que desejam.

O segundo passo foi buscar formação para trabalhar o tema da melhor forma possível. “Pouco antes do recesso, participei do programa Para Viver de Bem com os Bichos, do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ)”, diz Márcia. Realizado em parceira com a Secretaria Municipal de Educação (SME), o curso transmite aos professores conhecimentos técnicos para que trabalhem a importância da posse responsável e dos cuidados com animais domésticos e cada escola precisa criar um projeto que envolva a instituição de ensino e a comunidade. “E foi aí que surgiu o projeto Coexistir. Todas as sextas-feiras, as crianças passaram a sair da sala de aula e visitar a comunidade, no intuito de instruir as pessoas sobre como cuidar bem dos animais.”

Sempre acompanhados por um agente de zoonoses, os alunos informavam a população sobre diferentes temas, como a posse responsável. “Era emocionante. As crianças perguntavam para os moradores: ‘seu bichinho tem os três As: Água, alimento e abrigo?’ e explicavam que se não recebessem atenção e carinho, os animais além de sofrer poderiam se tornar violentos”, conta a professora Márcia. E os alunos também aprovaram as caminhadas. Matheus Higor de Barros Jeronimo, 10 anos, contou que questionava um monte de coisas e também fazia questão de dar dicas. “Eu perguntava se eles deixavam o cachorro ou o gato brincar, se eles davam água e comida direito. E sempre dizia pra cuidar bem deles e não maltratar nunca.”

Para a professora Márcia a iniciativa foi além da conscientização e de algo que eles vão levar para a vida toda. Fez com que eles melhorassem o comportamento, a competência leitora e escritora e a criatividade. “Os alunos aprenderam muito, mas ensinaram também. A autoestima foi às alturas e o comportamento da sala se tornou exemplar. Eles foram protagonistas de todo o processo e com isso se tornaram mais seguros para expor suas ideias e trabalhos. Valeu a pena!”

por Bruna Ancheschi / Jornalista Assessoria SME

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